Como empresários, é muito provável que o termo workaholic seja usado para nos descrever mais do que uma vez. Pode nem ser verdade, pois há uma boa diferença entre trabalhar muitas horas e ser, de facto, workaholic, mas isso não impede de sermos rotulados dessa forma.
A verdade é que é rara a vez que não nos vemos forçados a trabalhar fora de horas, porque quando um negócio depende de nós, há sempre coisas a fazer, telefonemas para atender e emails para responder. Mas devemos sempre tentar encontrar um equilíbrio, para nosso bem e de quem nos rodeia.
“Vinda de uma família de empresários, já senti na pele o que é estar do outro lado da moeda, com os meus familiares a darem mais atenção aos seus negócios do que à família”, confessa Rita Maria Nunes, Country Manager da TAB Portugal. “Agora como empresária, tento esforçar-me para estar um pouco mais presente, para evitar que os meus familiares e amigos não sintam o que eu senti na altura.”
Partilhamos então aqui cinco regras de ouro para criar um bom equilíbrio entre a nossa vida profissional e pessoal.
Separação clara do trabalho e da vida pessoal
Quando estamos no escritório, o nosso cérebro sabe imediatamente que estamos num espaço de trabalho e que, assim que saímos da porta, podemos (ou devíamos) desligar-nos do trabalho. O mesmo acontece em casa; sempre que entramos no nosso conforto, o trabalho deveria ser a última coisa na nossa mente.
Porém, é raro isto acontecer, especialmente com a pandemia e a crescente adesão ao teletrabalho. Quando trazemos trabalho para o mesmo espaço em que relaxamos, a linha que separa os dois momentos fica cada vez mais ténue.
Se tivermos de trazer trabalho para casa, é importante ter um espaço dedicado a isso mesmo, para que apenas aquele cantinho seja contaminado com os pensamentos de trabalho.
Não somos super-heróis
Quando estamos a fazer o nosso plano de tarefas diárias, coisa que devíamos fazer todos os dias de manhã, é importante não nos armarmos em campeões e acumular tarefas impossíveis de concluir num dia de trabalho.
Temos de ser mais simpáticos connosco, mantendo os pés bem assentes na terra e os olhos postos no relógio para termos alguma noção de quanto tempo demoramos a fazer determinada tarefa e, assim, organizarmos o nosso tempo da melhor forma e não acabarmos por levar tarefas para acabar em casa.
Horário flexível
Especialmente quando temos família, conseguirmos agilizar um horário flexível pode ser uma grande ajuda. Porque por vezes os horários das escolas não são compatíveis com o nosso, ou porque há sempre consultas e responsabilidades domésticas que ocupam muito do nosso tempo, um horário flexível permite organizar o tempo de modo que consigamos separar melhor as coisas.
Comunicação é chave
Quando começamos a sentir que estamos a ficar um pouco mais apertados de tempo, podemos sempre contar com os nossos familiares, amigos e até mesmo os nossos colegas de trabalho.
Se falarmos com quem nos rodeia, o que muito provavelmente vai acontecer é que te vão tentar ajudar. Nunca estamos sozinhos, lembrem-se disso.
Ninguém é perfeito
Apesar destas dicas, e por muito que nos esforcemos para manter um equilíbrio perfeito, há dias e alturas do ano que são mais difíceis. Por vezes temos de estar mais presentes no trabalho, e por outras a família exige mais de nós, e não há nada de mal com isso. Há muito que se diz que a vida é uma montanha-russa, e é praticamente impossível fazer uma divisão de 50/50 do nosso tempo. O importante é que nenhum dos lados seja o nosso maior foco durante muito tempo.
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