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Sê um multiplicador e ajuda a elevar o potencial das pessoas que te rodeiam

Foto do escritor: Rita Maria NunesRita Maria Nunes

Atualizado: 7 de fev.

















Por Rita Maria Nunes, Country Manager TAB Portugal


“Quando se trabalha com uma verdadeira equipa, não há obstáculo que não seja superado, nem sucesso que não possa ser alcançado”. A frase é sobejamente conhecida. O seu autor é desconhecido. Mas a sua máxima só se concretiza com líderes que tenham a capacidade de dotar as suas equipas enquanto multiplicadores. Ou seja, quando conseguem aumentar e acelerar os talentos e impulsionar as conquistas das suas pessoas.


Esta é, por isso, uma questão crucial para a atividade do teu negócio, porque a habilidade de inspirar e capacitar os teus trabalhadores é parte integrante da verdadeira essência de uma liderança. E multiplicar é, mais do que a palavra de ordem, a ação mais urgente. Confuso? Vou explicar.


Liz Wiseman é autora e especialista em desenvolvimento de liderança e aborda, precisamente, a questão da diferença entre ser um “multiplicador” e um “redutor” na gestão e liderança de equipas. E há um enorme contraste entre os líderes que amplificam a inteligência dos seus colaboradores, os multiplicadores, face àqueles maus gestores que desvalorizam e minam as capacidades dos elementos da sua equipa, os redutores.


Aqui, caro empresário, o primeiro pedido que te faço é que reflictas, com verdade e desassombro, até que ponto, no teu dia a dia, estás a apoiar e a nutrir as pessoas que te rodeiam. Em segundo lugar, que reflictas sobre que oportunidades poderás estar a perder quando não és capaz de encorajar e levar a tua equipa mais longe. Defender a formação das nossas equipas é algo importante e que deve ser feito, mas lembra-te que a tua conduta, enquanto líder, pode e deve ser um importante input “multiplicador” e inspirador.


Mas vamos aprofundar um pouco mais para que seja claro o que significa ser um “redutor” e ser um multiplicador.


Se queres ser um “redutor”, eis o que deves fazer:


Os “redutores” são líderes que tendem a restringir e a gerir demasiado as pessoas à sua volta, de modo propositado ou não. Este facto, seja ele acidental ou inconsciente, pode ter, ao nível quantitativo e qualitativo, um impacto muito negativo no negócio. Wiseman afirma mesmo que os “redutores” apenas conseguem “obter metade da verdadeira capacidade intelectual das suas equipas”.


O comportamento problemático de quem é “redutor” pode assumir muitas formas, mas os resultados acabam por ser sempre os mesmos: pessoas sem inspiração, elevada rotatividade de colaboradores, falta de inovação e um travão a fundo ao crescimento da organização.


Os “redutores”, regra geral, são:


  • Micro-gestores que mantêm uma mão firme sobre a forma como os membros da sua equipa executam as tarefas.

  • Autoritários que exigem o cumprimento rigoroso das suas ordens sem dar lugar a qualquer tipo de questão.

  • Líderes que baixam os níveis de confiança e diminuem a autoestima dos colaboradores por serem excessivamente críticos.

  • Minimizadores das contribuições dos outros e que não reconhecem talento e esforço.

  • Construtores de dependências que criam um sistema que exige aprovação e supervisão constantes.


E, acredita, esta é apenas a ponta do icebergue no que diz respeito a comportamentos negativos e desmoralizantes que ocorrem em várias organizações. Se pensares um pouco, tenho a certeza que já te deparaste, ao longo da tua carreira, com um ou outro “redutor”.

Se foi o caso, pergunto-te: O que é que estas pessoas, ou estas situações, te fizeram sentir?

Se queres ser um “multiplicador”, o caminho é este.


Sendo uma espécie de via de aceleração para expandir talento, ao mesmo tempo que impulsiona o sucesso e o crescimento, o “multiplicador” distingue-se pelas seguintes características:


  • Identificam e maximizam talentos, reconhecendo os pontos fortes únicos dos indivíduos e aproveitando esses bens pessoais no seu potencial máximo.

  • Cultivam um ambiente de confiança e respeito através do incentivo a que todos os membros da equipa expressem as suas ideias e assumam riscos.

  • Desafiam o status quo, estabelecem objetivos elevados e incutem na sua equipa a crença de que podem alcançar o que parece muito difícil ou (quase) impossível.

  • Convidam a um debate sério de ideias e de perspetivas entre todos e facilitam a tomada de decisões criteriosas.

  • São mentores que investem tempo e ferramentas para estimular o sucesso dos colaboradores.


Ao incorporar estas qualidades, o “multiplicador” cria um local de trabalho dinâmico e extremamente gratificante. É certo que este ambiente pode nem sempre ser confortável para todos, mas impulsiona melhores desempenhos e, por seu turno, ajuda toda a organização a prosperar.


O que te trava a ser um “multiplicador”?


Arrisco em dizer – com base naquilo que vejo, sinto e trabalho no meu dia a dia enquanto empresária e no contacto com outros empresários – que a maioria dos “redutores” não se consideram, nem se vêem a si próprios, como possuidores de comportamentos negativos, estilos de comunicação deficientes ou qualidades de liderança ineficazes.


LEMBRETE: ao desenvolver as tuas competências enquanto “multiplicador”, estás a ajudar a fazer crescer e a desenvolver a tua equipa, a criar oportunidades inovadoras para o teu negócio e, por fim, vais conseguir evoluir para o tipo de líder que, no fundo, sempre desejaste!

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